terça-feira, 10 de abril de 2012

SONETO DE REPUGNA

Se contorce na volúpia do momento,
se regala no acúmulo do capital
como um vil demônio agourento
que esbraveja neste país tropical

Se revigora na opulência do dinheiro
enquanto empobrecem as virtudes pessoais
À ignomínia se entrega por inteiro
e, aparentemente, sobrepõem-se aos demais

E segue assim em suas sendas
de manhã, à tarde e à noite
só lhe restam improfícuas vendas

E segue assim sua vida
como pestilento cão
lambendo a própria ferida

                                                                    Morpheus

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