sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

SONETO SOBRE A RAIVA


A raiva se juntando, aglutinando
como úmida pelota de catarro;
incômodo bolo grudento de barro
A raiva comprimida, se condensando

ali, estorvando como um nó cego
amarrado bem no meio da garganta
e; mesmo que ignores, não adianta
A raiva ali fincada como um prego

rasgando as vísceras inermes
no pontiagudo pungir
de um corte eterno

sangrando alimento para vermes
que parasitam no existir
de seu próprio inferno




                                                                           Morpheus

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

SONETO PARA UMA PESSOA IGNORANTE


Que importam as regras gramaticais
se te comportas como os animais?
Se escoiceas como um equino
Não ensinarás sequer um só menino

Se tomas a correção por petulância
demonstras apenas vossa ignorância
Se vociferas tal qual um brutamontes
então para ti eu cagarei aos montes

E vossa magistocêntrica figura
propala subserviência e prepotência
em lugar de humildade e eloquência

É da estupidez que fazes usura
para sentir-se superior e insuperável
assim seja meu desprezo por ti, inalienável



                                                           Morpheus